As mais famosas superstições do espelho
Há milhares
de anos, acreditava-se que a imagem de uma pessoa, seja numa pintura ou
mostrada num reflexo, era parte dela própria, mais precisamente a sua alma, e
se alguma coisa acontecesse à imagem, sucederia também à pessoa. Mais tarde, os
gregos tinham o costume de ler o futuro a partir da imagem de uma pessoa
refletida sobre uma tigela com água. Se o pote quebrasse, significava azar. Os
romanos herdaram esse hábito, acrescentando que a má sorte se estenderia por
cerca de sete anos, tempo que acreditavam levar para se iniciar um novo ciclo
de vida do ser humano. A interpretação de que no espelho se reflete a alma de
alguém explica o aparecimento de outras lendas posteriores, como a de que os
vampiros não aparecem no espelho - justamente por não terem alma. Quando os
espelhos de vidro surgiram, no século XVI em Veneza, por um preço suportado
apenas pelas pessoas de posses, a superstição ganhou novas dimensões, pois os
nobres diziam aos seus serviçais que se quebrassem um, teriam sete anos de
azar.
Daí em
diante foram atribuídas aos espelhos listas infindáveis de superstições.
1.
Quebrar um espelho traz sete anos de azar;
2.
Admirar-se num espelho partido, é pior ainda,
significa quebrar a própria alma;
3.
Quando um espelho cai da parede é sinal de
que alguém vai morrer em breve;
4.
Os espelhos devem ficar cobertos durante as
tempestades, para não atrair raios;
5.
Vampiros e Bruxas não são refletidos pelos
espelhos, porque não tem alma;
6.
Os espelhos podem aprisionar a alma humana e
deve ficar coberto quando alguém morre;
7.
Um espelho que só tem molduras em três lados
foi usado por alguma bruxa para ver algo a distância;
9.
Não se
deve colocar um recém-nascido á frente de um espelho, pois atrasaria a fala;
11. Dá azar olhar para o espelho à luz de velas, sobretudo no dia das
Bruxas;
13. Não se deve olhar ao espelho mais de uma pessoa ao mesmo tempo.
Uma
versão que “explica” a superstição relacionada com a quebra de espelhos relata
que na Mongólia um irlandês foi acusado de um crime em 1835, aproximadamente, e
para não ser preso e interrogado por sete polícias que o foram buscar,
suicidou-se engolindo o espelho italiano que sempre trazia consigo, que se
estilhaçou no seu estômago, causando uma hemorragia fatal. Os registos
policiais dizem que a última frase do irlandês teria sido "Gengis Khan
voltará para devorar a Ásia". Os sete polícias encarregues da detenção
morreram no ano seguinte vitimados por infeções desconhecidas, e a partir daí a
população mongol passou a associar o espelho do irlandês à morte misteriosa dos
sete polícias. Esta crença propagou-se e hoje é conhecida no mundo inteiro, com
as variantes e pontos acrescentados tão característicos de qualquer superstição
ou mito.
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