sexta-feira

Os Sabbats wiccanos

Os Sabbats wiccanos

"Sempre buscando a Grande Deusa, o apaixonado Deus Cornífero muda de forma e rosto a cada Estação. E desta eterna busca surge a Roda do Ano

Em Samhain, o Festival do retorno da Morte, os portões dos mundos se abrem e a Deusa transforma-se na Velha Sábia, a Senhora do Caldeirão e o Deus é o Rei da Morte que guia as almas perdidas através dos dias escuros de Inverno.

Em Yule a escuridão reina como se estivéssemos no caldeirão da Deusa. Assim, O Rei das Sombras transforma-se na Criança da Promessa, o Filho do Sol, que deverá nascer para restaurar a natureza.

Em Imbolc a luz cresce. O Deus nascido em Yule se manifesta com todo o seu vigor e a Criança da Promessa cresce com a vitalidade e é festejada. Assim, os dias tornam-se visivelmente mais longos e renova-se e esperança.

Em Ostara luz e sombras são equilibradas. A luz da vida se eleva e o Deus quebra as correntes do Inverno. A Deusa é a Virgem e o Deus renascido é jovem e vigoroso. O amor sagrado da Deusa e do Deus traz a promessa do crescimento e fertilidade.

Em Beltane, a Deusa se transforma em um lindo Cervo Branco e o jovem Deus é o Caçador Astado. Ao ser perseguido pela floresta, o Cervo Branco se transforma em uma linda mulher. E assim Eles se unem e a sua paixão sustenta o mundo e toda vida.

Chega então Litha. A Deusa é a Rainha do Verão e o Deus um homem de extrema força e virilidade. O Sol começa a minguar e o Deus começa a caminhar rumo ao País de Verão. A Deusa é pura satisfação e demonstra isso através das folhas verdes e das lindas flores do verão.

Em Lammas a Deusa dá luz e o Deus prepara-se para morrer em amor à Ela. A Deusa precisa de sua energia de vida para que a vida possa crescer e prosseguir. O Deus se sacrificará para que os filhos da Deusa sejam nutridos. Mas através do grão Ele renasce. No ápice de sua abundância Ele retorna através Dela.

Em Mabon as luzes e as trevas se equilibram novamente. Porém, o Sol começa a minguar mais rapidamente e o Deus torna-se então o Ancião, o Senhor das Sombras, cruzando os Portais os portais da morte.

Chega novamente Samhain e então o ciclo recomeça e tudo retorna à Deusa. Assim sempre foi e assim sempre será!”


Os principais rituais Wiccanianos são os Sabbats que celebram as mudanças das estações do ano e percurso do Deus, simbolizado pelo Sol, através dos ciclos sazonais. Para nós, o ano é uma grande Roda sem começo nem fim e por isso os oito Sabbats são chamados conjuntamente de Roda do Ano. Eles possuem grande significado para os Wiccanianos e é uma das chaves principais para o entendimento de nossa religião. A Wicca vê uma relação profunda entre o ser humano e o ambiente onde ele vive. Acreditamos que a natureza é a própria manifestação da Deusa e dessa forma celebramos as mudanças das estações. A Roda do Ano é vista como um ciclo ininterrupto de vida, morte e renascimento. Assim, reflete a passagem das estações do ano, bem como as mudanças interiores e exteriores provocadas por elas e a nossa própria ligação com o mundo. Para nós, tudo que vive e respira é divino e celebrando a vida através das mudanças das estações estabelecemos contato com o mundo dos Deuses, atraindo as energias do mundo natural para dentro de nós, alcançando assim a unidade com o mundo divino. Um Bruxo procura sempre se conectar com a Natureza em todas as suas manifestações, não só observando, mas também sentindo o fluxo dela em nós e as mudanças provocadas na vida cotidiana através dela. Os Mistérios da Deusa e do Deus e seus diferentes aspectos estão contidos em cada estação.

A Roda do Ano simboliza a história ancestral da Deusa e o ciclo de morte e renascimento do Deus, seu Filho e Consorte. A Roda do Ano Wiccaniano possui dois significados:

1) Roda de Celebração da Natureza: todos os Covens e Wiccanianos se reúnem nos dias de Sabbats para celebrar a Deusa e bênçãos que Ela concede à Terra através das mudanças de estações.

2) Roda da Iniciação: expressando os ensinamentos dos Antigos através das estações, pois os Deuses e a Natureza são um só. Os Sabbats são celebrados com fogueiras, velas, cânticos e comidas sagradas onde nós Wiccanianos agradecemos pelas bênçãos de fartura e abundância em nossas vidas. Alguns sítios arqueológicos que pré-datam o Neolítico, como Stonehenge, eram utilizados como calendários naturais para marcar a mudança e os ciclos das estações, o que nos indica que tais datas eram consideradas momentos importantes para as civilizações antigas.
(fonte: Wicca para todos de claudiney Prieto)


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